sexta-feira, 2 de outubro de 2009

JANTAR MULTICULTURAL

Não sabia que teríamos companhia pro jantar. Lá estavam uma aluna polonesa do departamento do Göran, Elzbieta, que acabara de defender seu PhD; um casal italiano, Máximo e Paula, (ele fez parte da banca) de Trieste, os anfitriões e eu. Apesar do inglês não ser a língua nativa de nenhum de nós, foi a que falamos. O casal morou 3 anos na Nova Zalândia. Ele é especialista em estruturas em madeira para construcão civil. Pelo que entendi, agora há uma onda de retorno a madeira por ser uma fonte renovável, diferente do aco por exemplo. Eles não tem filhos. Aguardam na fila uma crianca da Armênia para adotar. A Armênia fica bem perto de Trieste, que é no nordeste da Itália, e há uma grande quantidade de armenios por lá, por isso decidiram por esta nacionalidade. Preocupam-se com os lacos culturais da crianca que virá. A polonesa mora em Luleå, tem um menino de 3 anos e quer continuar por aqui. Recebeu um convite para trabalhar em Estocolmo, mas está hesitando. Acha que a vida aqui é mais saudável. A comida foi de primeira. Experimentei carne de cordeiro. Deliciosa. Foi servida com um molho levemente adocicado e batata assada com casca. De sobremesa creme broullé. De novo mandaram cerveja e vinho tinto. Eu fiquei na cerveja. A conversa foi ótima. Histórias de diferentes lugares do mundo, uma diversidade de experëncias enorme. Falei com a Paula sobre a ligacão de Santos com Trieste por conta do nosso programa de saúde mental ter se inspirado na experiência de Franco Basaglia por lá. Ela conhece o trabalho. A polonesa fez universidade em Karlsruhe, a cidade na Alemanha que meu irmão morou por 6 meses. Ô mundo pequeno!! Na volta o casal me informa que reservou um hotel na Laponia, para onde iremos sábado bem cedo. O lugar é a última parada da estrada, nas montanhas onde o povo Sami vive. É a populacão original do lugar, como nossos índios. Pelas fotos parecem esquimós. É uma região intocada ainda, também declarada patrimônio da humanidade pela UNESCO. Fica um tanto acima do círculo polar Ártico, além de Jokkmokk. A Anita perguntou que número calco pra providenciar botas e roupas apropriadas. Vou precisar!! Não sei se há internet por lá ou se o celular vai funcionar. Quando chegar conto novas aventuras escandinavas!!